O que seria um dia com rotina perfeita?

Na minha rotina perfeita às vezes acordo com o despertador, ás vezes meus olhos abrem antes mesmo do horário que estabeleci, o que não muda é a forma como escolhi começar o meu dia: meu primeiro pensamento é de gratidão por mais um dia de vida para vivê-lo como acredito que valha à pena. Levanto e vou ao banheiro, pois é o momento de cuidar do corpo.

De manhã cedinho é quando tenho oportunidade de experimentar a vida em sua plenitude, com o que importa para mim. Posso me presentear nesse momento de várias formas: bebendo água em temperatura ambiente com limão, para acordar o corpo; com exercício de respiração consciente, para relaxar e acordar a mente; com prática de atenção plena aos sons ao meu redor e sensações no meu corpo, para constatar que estou viva; com alongamento, para azeitar o corpo que é dádiva; com oração, para fortalecer o espírito; com leitura, para manter a mente ativa e livre!

Por volta das 6h Artur e Denis acordam, e começamos nossa rotina matinal em família: café da manhã, conversa, cuidados com Artur para mandá-lo à escola. Depois que o pai leva Artur, dedico 30 minutos para uma caminhada ao ar livre. Depois da volta da caminhada, inicio a rotina de cuidados com a casa em parceria com o marido, e logo depois, começamos nosso bloco de trabalho juntos, pois ele também faz homeoffice. Até este ponto do meu dia, nada de redes socias, whatsapp, email, etc. Este bloco da manhã pertence a mim e minha família, então o mundo online fica de fora.

Apesar de fazer o meu trabalho conectada, desenvolvi a disciplina de não multitarefar digitalmente, então nada de navegar por redes sociais  ou papear em grupos de whatsapp, sem que haja, para isso, um propósito bem definido. Faço o que precisa ser feito, sem distrações ou telas desnecessárias abertas.

Após o almoço, que fazemos juntos sem distrações de telas, vem o banho do pequeno, tarefa da escola, arrumar a cozinha. Dedico algum tempo a demandas pessoais, depois lanche da tarde e na sequência parquinho com Artur. É hora do menino brincar ao ar livre e se conectar com a vida, na companhia de outras crianças, enquanto também faço minhas conexões com outras pessoas, sem o celular, olho no olho, em conversas despretensiosas. Na parte da tarde me permito flexibilizar no que eu sentir vontade.

Voltamos mais ou menos às 18h do parquinho, e o pai assume o menino, que está bem sujinho e precisa de banho. Vou para a cozinha cuidar do jantar, que em geral é servido às 19h e, novamente, sem distrações de eletrônicos. Após o jantar cuidamos da louça na pia, Denis ou eu, e nos dedicamos ao nosso momento em família, quando nos conectamos sem telas, através da conversa, de alguma brincadeira mais leve em família, com a oração na cama, e depois a leitura com Artur. Essa rotina noturna de conexão offline em ritmo desacelerado favorece a chegada do sono dele, e às 20:30, em geral, o menino adormece.

É o meu momento livre à noite, que posso dedicar a estudar, assistir a algum documentário ou filme, ler livros ou revistas, colorir desenhos (livro de colorir). Não costumo dormir tarde, e tão logo sinta que estou desacelerando, é hora de ir para a cama. Respeito o meu corpo, meus limites, porque quero estar bem no dia seguinte, então preciso criar condições para isso.

Um dia perfeito não precisa ser preenchido com grandes acontecimentos, porque a perfeição é feita dos pequenos momentos que acontecem em cadeia. Eu faço o que é possível no meu dia, alinhando com minhas responsabilidades e propósito, e de acordo com minhas prioridades. Nem sempre sai tudo como planejado, e tudo bem, pois sei exatamente como retomar minha rota quando saio dela, e é exatamente isso o que aprendemos quando nos tornamos pessoas organizadas: manter a vida fluindo bem, sem sobrecarga. É fazendo as coisas com atenção plena, em conformidade com minha verdade, que vejo perfeição em como escolho viver os meus dias.

Imagem: Havilah Galaxy via Unsplash

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